Este Blog foi criado por quatro amigos que tem um mesmo talento em comum: escrever. Cada qual com seu estilo, personalidade e idéias. Foram criados diversos textos, então decidimos publicá-los com a simples intenção de divulgá-los para que outras pessoas também possam desfrutar e se identificar.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

A capa

Olhando aqui de fora, vejo muitas coisas que você não vê, você está impossibilitado pois ela te tapa. A Capa que te cobre está esgarçando-se finalmente, só que você insiste em permanecer dentro dela. A Capa te cega! Desapegue-se, você não depende mais dela! Dou-lhe um conselho: fuja em quanto há tempo, saia desse teu esconderijo, liberte-se agora, use-a somente para se proteger e não para fazer dela tua morada.
Fora da capa é frio, eu sei, ela aquece como um cobertor e protege de quase todos os males.
Mas a Capa também tem um destino, e numa noite fria e tempestuosa ela cairá por torrentes e não mais voltara. Nesse dia você se verá desprotegido, sozinho e desafortunado.
Porém, compreenda que mesmo aqui fora sendo tão frio, não é tão tenebroso quanto a Capa te fez pensar. Aqui, finalmente, você pode ser você, não é mais necessário maquiar sua alma.

Isso está confuso, eu sei, mais vou-lhe explicar.

Durante esses longos anos a Capa lhe proporcionou segurança, tranqüilidade e conforto, mas ao mesmo tempo o cegou completamente da sua total existência. Sendo presunçosa como ela, a Capa o impediu de agir conforme tua natureza.
Quando você foi concebido por ela, a sensação de ditadura tomou-lhe posse: Fez as leis e as ditou, prendeu-te e não mais soltou. A Capa governava você, ainda o faz nos dias de hoje, mas somente você pode vencê-la, meu caro, somente você pode barrá-la.
Pergunto: será que é isso o que você quer? É coragem que lhe falta? Saiba que a si mesmo não se pode enganar e tua consciência bem sabe o que você é.
Se desejas liberdade, doçura ao amar, tranqüilidade ao dormir e sonhos realizados, faça o que te proponho: fuja em quanto há tempo, viva esse momento, seja você!
Despeça-se da Capa, mas não se desfaça dela, afinal, a Capa também te ama e tudo o que fez foi pensando que estava por fazer o bem, lógico que tudo era demasiadamente benéfico pra ela, pois a confortava nos momentos de lástima.
Não pretendo semear a discórdia e muito menos que você se torne um ingrato.
Quero que tente imaginar como aqui fora é bom, já que você ainda não vê; Quero que seja feliz como muitas pessoas são, que encontre pessoas como você e que finalmente compreenda a totalidade do amor.
Entenda que pra mim é muito mais fácil dizer isso porque estou aqui fora e vejo a real beleza que aqui habita.
Esqueça tuas crenças e adquira fé nas minhas palavras, crie coragem!
É uma escolha que você deve fazer e dentro dessa escolha as duas situações estão inclusas, afinal, há como se viver sem a capa e ao mesmo tempo manter contato com ela, pois estar fora da capa não é inutilizá-la.
E agora, mais do que nunca, teu destino feliz depende de você.
Diga “Adeus” e então lhe direi: “Seja bem vindo”!


Por Thiago Bailão

sábado, 23 de dezembro de 2006

Pensamentos complexos de uma mente simplista e racional.


Sabe quando tudo ao seu redor parece estar errado? Quando tudo começa a desmoronar e voce não sabe como vai ser daqui em diante? É o que sinto em relação a tudo agora!! Eu fecho os olhos pra não ver, mas por mais que eu tente sublimar toda essa realidade, ela sempre aparece em alguns momentos, é inevitável. Mas esses momentos estão cada vez mais constantes, como se essa realidade me perseguisse. Tento não pensar, apenas agir, pois pensar, as vezes, acaba me levando a essa realidade. Parece que tudo começa a rumar para um precipício. Quando voce pensa que tudo esta melhorando, sempre vem alguma coisa pra te derrubar. Eu vivo de aparências!! Ninguém sabe do que estou falando, até mesmo a pessoa mais próxima de mim. Quem me vê nem imagina tudo que tem por trás. Qualquer pessoa no meu lugar já teria pirado, mas eu não: vivo como se todos esses problemas não existissem, e por isso as vezes me acho frio, sem coração, como se eu não me importasse, mas não é bem assim. Essa é a minha maneira de lidar com os problemas, guardando eles só pra mim. As vezes sinto falta de desabafar com alguém, falar tudo o que acontece. Preciso de colo, de carinho, mas não encontro. Talvez eu não encontre por não expressar essa nessecidade. Há momentos em que estou sozinho que eu boto tudo pra fora (como agora), o que me faz acalmar e continuar. Pra mim não há ninguém melhor para desabafar do que o papel. E talvez esse seja o meu problema: me fechar aos outros. Sinto saudades da minha infância, em que problemas não existiam (exeto os de matemática). Sinto falta de estabilidade: tudo oscila muito ao meu redor, tudo muda num fluxo constante e odeio mudanças, mas confesso que preciso dela nesse momento. As vezes estou bem, as vezes estou mau (mesmo que para os outros eu sempre esteja "bem"). É por isso tudo que me acho contraditório: as vezes amo, as vezes odeio, sendo que o que odeio mais é não ter o poder de controlar quem eu amo ou quem eu odeio. Eu já passei por tanta coisa nessa vida que nada mais me surpreende. Hoje, tenho dificuldade de me emocionar, não me comovo fácil: talvez, por não ser uma pessoa tão boa assim. Sinto vontade de ir mais longe, explorar o mundo em todos os aspectos, fazer valer a pena, sabe? Mas parece que algo me prende. Tento sempre ser otimista, pensar que tudo um dia muda, mas tenho medo de que essas mudanças sejam pra pior. Então tento ser neutro (se é que isso é possível). Sim, eu sou complicado, mas foi a vida que me condicionou a ser assim, não foi uma escolha. Complicado? As vezes até acho que não, as vezes me acho simplista demais. Uma coisa tenho certeza: é de que sou racional (no sentido mais amplo da palavra, claro). Eu sempre me guio pela razão e não pela emoção. Por mais que meu íntimo peça uma coisa, sempre faço o que a razão manda: o que chamaríamos de "politicamente correto". Nunca me arrependi disso. Alguns podem me chamar de incenssível, mas pode ter certeza que não. Sou racional, não incenssível. Sei demostrar meus sentimentos quando quero, mas sei também esconder e retardá-los com enorme facilidade quando me é conveniente. Sinto falta do diferente, da quebra da rotina. Queria mais intensidade e durabilidade, principalmente, das coisas boas (parece que isso só acontece com a coisas ruins). Quero viver a vida intensamente, sem problemas (ou melhor, com poucos problemas, pra não ser utópico demais). Queria mesmo é viver num paraíso. Pena que ele não existe... pés no chão!! E aqui estou eu nessa realidade mesquinha.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Autor Convidado!



Por favor, não deixe que a vida decida pra ti o que é certo ou errado. Se ela é tão irônica, brinque e seja tu com ela também, em dobro. Canse desses padrões. Por alguns minutos do dia, esqueça o que é ético. Olhe no espelho agora: essa é a tua prioridade! eu vou fazer salada de rúcula, algum problema? não importa se meu perfume forte te dá ânsia! vamos até tua casaou vindo Elis Regina, sim! Seja feliz pra ti, por ti, pra te ver feliz. Veja só como até esse teu redemoinho na franja lhe cai bem. Não hesite em concluir os teus desejos mais absurdos. Mesmo que sejam eles envolvendo uma bicicleta e uma volta ao mundo. E caso alguém retruque, pode avisar que eu mesmo disse que a loucura combinava contigo. Te incomoda? Que pena! Nãoposso? Então melhor ainda. só amanhã? Azar o teu. Aprendeu a andar e a falar sozinho. Vai deixar que opiniões não saídas da tua cabeça te conduzam? Razão agora, pra quê? Vamos lá, ninguém mais precisa confiar no teu potencial. Tua mãe já vibrou durante anos com tuas três estrelinhas no caderno. Sejaprático, é mais fácil preocupar-se somente com o que te é favorável. Favorável agora é sentir-se bem, completo, feliz. E se o problema aqui for tua insegurança, lembre. Alguém no mundo sempre lutou, vai te amar e precisados teuscuidados: Você mesmo. Eu vim pra te ensinar a viver.


por Igor Toti

http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=17195061150468986323

http://www.fotolog.net/igor_toti

terça-feira, 12 de dezembro de 2006


Minhas emoções e meus sentimentos você não conhece, você que sempre esteve do meu lado desconhece tudo que sou.

O estranho entra em minha casa e conhece todos os cômodos, reconhece todos os móveis, sabe o lugar de todos os objetos, sabe onde se esconde cada segredo, conhece onde eu guardo minhas jóias e minhas vergonhas. Sabe onde derramei cada lágrima, ou qual o canto que me trouxe mais alegria.

Entro em casa e já não a reconheço mais, olho ao redor e vejo minha imagem refletida no espelho, sinto-me o mais estranho de todos os seres. Será que tomaram meu lugar? insignificante que sou. Sera que estou perdida? Mas afinal, nunca você se encontrou. Você que todo dia me acompanha não reparou o quão diferente eu estou. Aquele que chamo de amigo nunca soube o que sinto por dentro, e você que nunca trocou uma palavra comigo sabe até mesmo qual a frase dita no momento. Não preciso, por isso fico quieta e espero a resposta que está no seu olhar. Quem é você que tanto sabe o que sinto? quem é você que nem ao menos me conhece? quem é você que tem as respostas das minhas dúvidas?

Como posso confiar e apostar todas as minhas fichas em alguém que não sei o nome. como é possivel o desconhecido se tornar tão conhecido pra mim que... em cada palavra que escolho fica a dúvida dentro de mim... será que sim? será que não? sigo apenas a minha intuição, que não falha. Duvido! A escuridão que não me consola, sabe de que lado estamos. De que adianta tanto devaneio. Vida ingrata que me atira nos braços do desconhecido, de um mundo perdido, onde eu paulatinamente tento encontrar a solução. Solução esta que encontrarão somente aqueles que tem a coragem de se entregar a uma vida alheia, sujeita a dissipar-te. Entregue-se! Coragem! Liberte-se! Viva! Porque amanhã tudo que te restará será apenas dois caminhos: tua felicidade no desconhecido ou as cinzas da tua fraqueza.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Pérolas do mar. Quem um dia você tem , no outro não mais.


Olhando por mar eu vi,
Observei,
Refleti.
Muita coisa nessa vida,
É como o “vai e vem do mar”:
Tem coisas que vem,
coisas que vão,
A onde traz e leva.

Assim é a vida!

Um dia a vida te traz algo valioso,
Feito uma pérola,
Através de uma onda de amor.
No outro ela busca de novo,
Feito um rastelo,
Através de uma onda de dor.

Pudera eu, segurar com firmeza,
A pérola que um dia a onda de amor me presenteou.
Gostaria que fosse uma pérola eterna,
Totalmente minha,
Pra vida toda!
Mas não há nada que resista a forte onda de dor,
É uma onda muito forte,
o que tem de levar ela leva,
Sem dó,
Sem pena.
Tentar segurar a pérola que o mar trouxe é bobagem,
É como firmar um prego na areia.

A gente se contenta
(Tenta.)
Com o que tem.
Porque sabe-se que minutos depois,
O mar que trouxe,
pode levar.

Mas assim a gente vai levando,
Remando....remando....

Por Thiago bailão.

sábado, 2 de dezembro de 2006


Passagens

Um olhar discreto
um pensamento obsceno
um gesto banal:
me sinto a criança pobre que arregala os olhos para o doce, mas não pode sequer toca-lo.

Uma lembrança remota
um pé no passado
uma ilusão quanto ao futuro:
sinto saudades do que já vive mais quero viver momentos mais intensos.

Uma música lenta
um poema indiscreto
um doce amargo:
Coisas que fazem parte da minha história

Um beijo molhado
um abraço apertado
um sorriso envergonhado:
A melhor de todas as partes

Uma troca de olhares
um desejo reprimido
um laço desfeito que nunca chegou a se fazer;
um vidro lacrado
uma história intocada
um beijo não roubado;
um tempo perdido
um único encontro
um prazer esquecido
Tudo aquilo que não aconteceu e que deu lugar coisas melhores.