Amor: o contemplo do consórcio.
Ele não agüentava mais, estava cansado de sofrer a não reciprocidade do amor, pois toda vez era a mesma coisa: ele era amado e não amava e quando amava não era correspondido, tão menos compreendido. Teve sim algumas ocasiões, em que o amor fora recíproco, mas por tão pouco tempo que em uma frase haveria espaço demasiado para aquilo que ocuparia duas palavras apenas: doce ilusão.
Gostaria de tentar uma nova estratégia de vida, algo que o fizesse vencedor nas relações, pois concluiu que algo havia de errado com ele, mas não sabia ao certo o que era. A começar, questionou se ele errava em amar tão logo tivesse oportunidades para o mesmo ou se errava em assumir seus sentimentos quando na verdade devesse ficar calado.
Algo em seu coração lhe dizia que agia erroneamente nas duas questões, pois nunca era valorizado, o que resultou na decepção que sentia a pouco.
Sempre acreditou que deveria assumir quando sentisse o amor, que deveria viver o hoje como se fosse o último dia, mas fatos atuais e analise de situações vividas lhe mostraram que lutava contra o vento, que o caminho não era aquele. Seus pensamentos tratavam-se de um equivoco, talvez por falta de experiência.
Agoniou-se.
Passou dias pensando numa provável mudança. Sabia que algo tinha de ser feito, porém não lhe ocorriam idéias. Sentia-se mal por isso.
Foi quando a vida ouviu suas duvidas e mandou respostas através de uma pessoa um tanto quanto mais sabia que ele, mais experiente, que o fez refletir e escrever, depois de muito pensar, para não esquecer:
“O amor é como um presente de recompensa, onde você deve agarrar consigo até que a outra pessoa realmente o mereça pelo esforço. Você deve contemplar somente o que fizer jus ao premio, mas se cair em tentação em entregar o presente logo no começo: Controle-se! Ninguém concede valor à aquele que ama nas primeiras páginas da história, afinal de contas, ninguém compra um livro em que o mocinho confessa seu amor a mocinha assim que a conhece. E o resto da história? E o sofrimento em conquistá-la? Que livro é esse que o final feliz é antecipado no primeiro capítulo? O epílogo não é o começo do livro”.
“Note, o ser humano é movido pelo combustível sofrimento e conquista, gosta de sofrer e conquistar! Não adianta querer antecipar o final feliz, o processo tem que ser lento, sofrido, prazeroso, recompensador e somente após essa longa batalha, finalmente a frase deve ser proclamada e não somente dita: - Parabéns, você acaba de ganhar o meu amor! Seguido de uma tão famosa quanto preciosa frase: - Eu te amo”.
Confiante nisso e feliz por acreditar em algo novo, mudou o rumo de sua vida, decidiu caminhar no mesmo sentido do vento e das outras pessoas, outrora estranhas, assumiu uma nova personalidade com relação ao amor. E agora, no jogo da vida, chegou a vez dele mover os pinos.
Por Thiago Bailão
4 Comments:
Jamais tive uma identificação tão forte com um texto sobre filosofias do amor. Parece até que leu a minha mente antes de escrever.
Parabéns. A forma com que escreves é mto boa e gostosa de se ler.
Se metade dos escritores escrevessem assim não teríamos problemas pra fazer vestibulares (no entanto não teríamos história literária).
Me apresento como poeta, se quiser ler alguns poemas,
www.fotolog.com/rickvalix
e alguns tbm em
www.fotolog.com/darkappe
que é o que eu uso. O outro uso como se fosse blog. :P
Grande Abraço,
Eduardo
01:53
doce ilusao que de doce nao tem nada.....
é por essas e outras que agora excluí a palavra amor do dicionário, simples assim, evita mto sofrimento desnecessário!
e viva nosso mondo muderno!!!!!!!
=D
bjocas
14:19
É visível a evolução desse texto quanto à pontuação e mesmo a acentuação (tirando alguns deslizes normais). Acho bacana que vc tenha prestado mais atenção, q as críticas em relação a isso no seu texto anterior tenham sido corrigidas nesse...Já é um grande passo. Quanto ao texto em si, concordo com as colocações, com o tema em si, e com o desfecho: gostei! Tem que se ressaltar que no “texto original”, a primeira versão que eu li, o final era diferente e não tão “intendível” quanto o final desse, o que mostra um amadurecimento da idéia inicial. Além disso, vejo em alguns trechos algo que remete ao texto “Egoísmo?”... a parte em que afirma “Agoniou-se.” e tb no parágrafo final, o modo como o acontece, ou melhor, como foi escrito, lembra um pouco o meu texto. No geral, gostei bastante: a idéia é legal, o modo como vc escreveu é bacana, enfim, ficou foda!
Dicas:
"...o que resultou na decepção que sentia há pouco." Quando se refere ao passado deve-se usar o "há" sem 'h' e sem acento!
"analise, equivoco, duvidas, jus, premio, conquista lá (que feio), capitulo" Verificar a acentuação dessas palavras.
"...mas se cair em tentação em entregar o presente logo no começo: Controle-se!" Depois de dois ponto não se usa letra maiúscula.
"Ninguém concede valor a aquele que ama nas primeiras páginas da história (...) ninguém compra um livro em que o mocinho confessa seu amor a mocinha assim que a conhece." Tem dois casos de crase nessas frases.
"Confiante nisso e feliz por acreditar em algo novo, mudou o rumo de sua vida, decidiu caminhar no mesmo sentido do vento e das outras pessoas, outrora estranhas, assumiu uma nova personalidade com relação ao amor e agora no jogo da vida chegou a vez dele mover os pinos."
23:25
muito bom, e bem escrito... achei triste o final, meio deprimente que ele tenha decidido acreditar no que "todos acreditam" e fazer aquilo que "todo mundo faz"... é como se ele tentasse negar sua essência. mas enfim, eu não preciso concordar, o texto é seu, e é excelente... eu só fiquei tentada a fazer um novo final... hsuahsuahsuahsa quanto a mim, não digo que amo (exceto familia, e amigos MUITO proximos)... não me apego, não entrego os pontos, jamais! vida moderna... ;]
21:49
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