Este Blog foi criado por quatro amigos que tem um mesmo talento em comum: escrever. Cada qual com seu estilo, personalidade e idéias. Foram criados diversos textos, então decidimos publicá-los com a simples intenção de divulgá-los para que outras pessoas também possam desfrutar e se identificar.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Gritos



Na infância esquecida
travessuras, alegrias, dores de barriga,
um constante jogo de corrida.
À brincar de boneca e carrinho
chupar bala, levar tapa na cara
e plantar tomatinho.
Um “Q” de inocência
notas A, boas condutas, tímidez,
e a eterna dependência
Os pais a Gritar... para educar,
servir de exemplo, mostrar os caminhos
mas tudo isso com abraços, beijos e doces pra dar...


...Ahh...


Na pré adolescência perdida
espinhas na cara, livros na mão
num mundo próprio, já convivendo com a embriaguez
na sua inocente escuridão.
Fantasiando a realidade segue
menino feio, menino rejeitado
com um pouco de inteligência e vontade própria
e, digamos assim, já “mau-educado”.
Com seus próprios desejos
vontade de beijos, vai aos poucos amadurecendo
num diferenciar-se de si mesmo e dos outros...
as vontades crescendo, mas sempre o medo emudecendo.
“Os pai´s” a Gritar, Gritar...
servir de exemplo do que não deve ser seguido
seguindo com abraços, beijos, doces de estranhos
e com a nítida sensação de ter-se perdido.


...Ahhh...


Em plena adolescência tardia
abrindo-se a vida e a hipocrisia
com um pingo de ironia, maldade e mentira.
provando o gosto do sexo
e tendo de conviver com a eterna agonia.
A vaidade chega junto ao reconhecimento
o patinho feio mostra a que veio
sem medo, sem ressentimentos
com a doçura de uma criança, a malícia de um adulto
e o coração cheio.
O tédio dos dias que se arrasta
vem junto ao gozo da juventude que a contrapõe
juventude que vai se esvaindo
responsabilidades que vão aumentando
nessa vida que se impõe.
O pai continua a Gritar, Gritar, Gritar..
seu abraço não tem mais força, o beijo não tem mais gosto e o doce se azedou
enchendo o copo da ardente aguá que desce dos olhos alheios
assim ele se entregou...
mas a voz rouca e falha continua a Gritar, Gritar, Gritar, Gritar... Ninar...


“Boi, boi, boi, boi da cara preta, pega esse menino que tem medo de careta”


Ahhhh... Tempos que não voltam atrás.



Francisco Araújo Júnior

4 Comments:

Blogger Francisco Araújo Junior said...

Esse texto pode parecer meio confuso, mas cada frase temum sentido pra mim...

O resto fika por vc´s mesmos neh!

:D

12:29

 
Anonymous Anônimo said...

Para juninho:(o meu dobby eterno)

Nem sei o que comentar. To com olho cheio de agua e isso vai ser dificl agora

X(

Vou me achar um panaca quando ler isso depois mais é a verdade.

Primeiro vou logo dizendo que pra mim, assim como deve ser pra vc esse é um dos seus melhores textos já publicados. Não somente por ser um texto a qual eu sei bem o siginificado de cada virgula, de cada rima, de cada momento então contado. Afinal...Presenciei (com orgulho) todos eles. E ainda venho presenciando.

Mas digo que é o melhor texto pela maneira em que é contado e finalizado. Boas plavaras, boas rimas, bom fim, alias...um mágico, triste e real fim.

Não sei se devo: mas esse tb é um about me completo.

Acho que o final me baqueou um pouco. Por (quase) saber exatamente o que você sentiu ao escrever:

“O pai continua a Gritar, Gritar, Gritar..
seu abraço não tem mais força, o beijo não tem mais gosto e o doce se azedou
enchendo o copo da ardente aguá que desce dos olhos alheios
assim ele se entregou...
mas a voz rouca e falha continua a Gritar, Gritar, Gritar, Gritar... Ninar...
””Boi, boi, boi, boi da cara petra, pega esse menino que tem medo de careta””
Ahhhh... Tempos que não voltam atrás.”

Acho que peguei a sua dor ao ler isso. =(

Enfim .
Algo sobre nossas infância:

A maneira como a nossa infância amadureceu foi perfeita. Brincadeira inocentes, personalidades inocentes e até mesmo brigas inocentes. Intriguinhas infantis que serviram também para um amadurecimento completo. Como a gente era feliz né dobby? Nossas cabanas, nosso tomates, nosso teatros sem fim.
DENYORRRRRRRRRRRRRR! UHAUHAUHAUHA
(bla...não me contive)
E nossas amigas que matam de saudades.

Depois adolescência mesquinha. As roupas bregas (bocas de sino ) as boas notas (no seu caso), as más compahias (no meu caso) e mais um monte de coisas. Sempre juntos e influenciados em partes um pelo outro.

E agora nessa fase adulta, cheia de responsabilidades, trabalho, faculdade (coisa que a gente achou que seria estranho fazer). Bem agora junim, é que estamos vivendo nossa tão sonhada (ou não) “juventude”.
Adolescência tardia é a melhor definição para isso.

E sobre você apenas posso afirmar que “você nos tempos de hoje está geneticamente modificado” UHAUHAUHAUHAUHA
O que é muito bom!
EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

Te amo Dobby.

Do teu irmão Thiago. (que fofo )

13:50

 
Anonymous Anônimo said...

AMEEEEEEEI.....
a transição entre as fases foi perfeita!!!!
bravo! bravissimo!
bjocas kerido! sexta to em Bebs!
Rôzinha

www.alotofchaos.blogger.com.br

23:29

 
Anonymous Anônimo said...

Conhecendo você as pessoas podem perceber o sentido do texto com sensibilidade. Na verdade ele nos dá um sentimento de esperança quando mostra o lado natural da "adolescência tardia", mas quando a realidade é mais brusca, cabe á interpretação olhar mais a fundo na sua história. A própria adolescência se trona um grito seco que ecoa desde à infância e contrasta o presente vigente com as memórias do passado. Todo esse misto de idéias, faz do texto um canal que liga você mesmo ao centro de toda a sua trajetória: uma ferida aberta cuja cura é o perdão, quesempre é posto a prova.

Ju, te amo muito! Prabéns elevado à milésima potência! =D

21:15

 

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