Este Blog foi criado por quatro amigos que tem um mesmo talento em comum: escrever. Cada qual com seu estilo, personalidade e idéias. Foram criados diversos textos, então decidimos publicá-los com a simples intenção de divulgá-los para que outras pessoas também possam desfrutar e se identificar.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Amor: o contemplo do consórcio.

Ele não agüentava mais, estava cansado de sofrer a não reciprocidade do amor, pois toda vez era a mesma coisa: ele era amado e não amava e quando amava não era correspondido, tão menos compreendido. Teve sim algumas ocasiões, em que o amor fora recíproco, mas por tão pouco tempo que em uma frase haveria espaço demasiado para aquilo que ocuparia duas palavras apenas: doce ilusão.
Gostaria de tentar uma nova estratégia de vida, algo que o fizesse vencedor nas relações, pois concluiu que algo havia de errado com ele, mas não sabia ao certo o que era. A começar, questionou se ele errava em amar tão logo tivesse oportunidades para o mesmo ou se errava em assumir seus sentimentos quando na verdade devesse ficar calado.
Algo em seu coração lhe dizia que agia erroneamente nas duas questões, pois nunca era valorizado, o que resultou na decepção que sentia a pouco.
Sempre acreditou que deveria assumir quando sentisse o amor, que deveria viver o hoje como se fosse o último dia, mas fatos atuais e analise de situações vividas lhe mostraram que lutava contra o vento, que o caminho não era aquele. Seus pensamentos tratavam-se de um equivoco, talvez por falta de experiência.
Agoniou-se.
Passou dias pensando numa provável mudança. Sabia que algo tinha de ser feito, porém não lhe ocorriam idéias. Sentia-se mal por isso.
Foi quando a vida ouviu suas duvidas e mandou respostas através de uma pessoa um tanto quanto mais sabia que ele, mais experiente, que o fez refletir e escrever, depois de muito pensar, para não esquecer:
“O amor é como um presente de recompensa, onde você deve agarrar consigo até que a outra pessoa realmente o mereça pelo esforço. Você deve contemplar somente o que fizer jus ao premio, mas se cair em tentação em entregar o presente logo no começo: Controle-se! Ninguém concede valor à aquele que ama nas primeiras páginas da história, afinal de contas, ninguém compra um livro em que o mocinho confessa seu amor a mocinha assim que a conhece. E o resto da história? E o sofrimento em conquistá-la? Que livro é esse que o final feliz é antecipado no primeiro capítulo? O epílogo não é o começo do livro”.
“Note, o ser humano é movido pelo combustível sofrimento e conquista, gosta de sofrer e conquistar! Não adianta querer antecipar o final feliz, o processo tem que ser lento, sofrido, prazeroso, recompensador e somente após essa longa batalha, finalmente a frase deve ser proclamada e não somente dita: - Parabéns, você acaba de ganhar o meu amor! Seguido de uma tão famosa quanto preciosa frase: - Eu te amo”.
Confiante nisso e feliz por acreditar em algo novo, mudou o rumo de sua vida, decidiu caminhar no mesmo sentido do vento e das outras pessoas, outrora estranhas, assumiu uma nova personalidade com relação ao amor. E agora, no jogo da vida, chegou a vez dele mover os pinos.


Por Thiago Bailão