Venha
Venha,
mesmo que o tempo não esteja favorável.
Venha,
mesmo que nossos corpos não se atriam.
Venha,
mesmo que eu te rejeite...
apenas venha ao meu encontro
e me deixe te tocar.
Eu sou um ser indifrável
que as vezes te quer e as vezes não.
Seja você como for,
pode ter certeza de uma coisa:
o meu coração você já tocou.
É por isso que te peço que venha:
seu jeito me encanta
e ao mesmo tempo me espanta;
seus olhos me desacreditam
e fazem com que te olhe com outros olhos.
Venha,
perca seu tempo comigo.
Venha,
coloque tudo em jogo.
Venha,
mesmo que você não me queira,
apenas venha ao meu encontro.
Quem sou eu?
Sou um ser que não sabe o que diz,
o que sente, o que vê.
Um ser que divaga,
que faz planos
e que te quer ao meu lado,
ao menos por um único momento,
pra saber se te quero ou naum;
se você me quer ou naum.
Quem sou eu pra querer ou não qualquer coisa?
sei que não tenho esse poder.
Da minha boca saem coisas sem sentido,
não leve minhas palavras em consideração.
Seu sorriso me encanta:
te quero, mas tenho medo;
te desejo,
mas tremo só de pensar.
Venha,
deixe tudo de lado.
Venha,
ao seu lado quero estar.
Venha,
pois contigo quero ir...
Francisco Araújo Júnior