Este Blog foi criado por quatro amigos que tem um mesmo talento em comum: escrever. Cada qual com seu estilo, personalidade e idéias. Foram criados diversos textos, então decidimos publicá-los com a simples intenção de divulgá-los para que outras pessoas também possam desfrutar e se identificar.

domingo, 26 de novembro de 2006



Eu queria ser pedra...

Que chutada permanece no sapato de quem ousou

Firme e forte como era

Mesmo após o ato que passou.



Eu queria ser miragem...

Que vista logo supera tudo ao alcance

Prevalece sobre a paisagem

Rouba toda atenção em apenas um lance



Mas o que sou? Nem Lilith nem Eva

Sou um instante perdido, acabou.

Sou planta que tenta grudar como hera

Mas, apenas uma folhagem que não brotou



Eu sei, bem sei – ó vã imagem

Que a vida é o meio de um baile, dance

Mas a pedra entrou em meu sapato com coragem

E há sempre alma dolorida que canse.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006


As mãos que fraquejam já não conseguem mais escrever.
O universo mudou seu rumo, nada gira como o normal.
Ninguém sabe o que fala, ninguém lê o cartaz.
A ilusão de ótica parece tomar conta da população que ainda não está cega.
Os olhos azuis agora são negros,
a tua alma agora pesa mais do que 21 gramas,
o Sol enfraqueceu o luar que a pouco ainda iluminava as minhas noites.
A tarde quente e vazia indica que é o fim.
Talvez isso indique que estamos próximos do começo que você me prometeu,
da Lua que ainda não me deu,
do canto que me entristeceu,
dos azuis que já não são mais seus,
do pai que me acolheu,
do morto que sobreviveu,
daquele dia que você me convenceu... do AMOR!


Patricia Viana e Sá

sexta-feira, 17 de novembro de 2006


Esse seu detalhe.

Toda vez que vejo você,
Não consigo deixar de observar
Esse seu detalhe.

Você acha que ninguém notou ainda
E que ninguém nunca vai observar.
Ilude-se com essa idéia,
Porque esse seu detalhe o incomoda
Profundamente.

Você não quer que outras pessoas vejam,
Porque é nele que estão todas as suas mágoas
E sua coletânea de noites vazias,
Tristes.

Detalhe esse que te entrega por inteiro,
Como se fosse um espelho:
Que o reflete como um todo
E o define na integra.

Detalhe que aos olhos de outros choca,
Escandaliza,
em conseqüência
Vira o assunto do dia.

Você tenta disfarçar,
Busca uma maneira de ofuscar-se.

Mas infelizmente,
Eu não vejo resultado nas suas tentantivas.
O que é evidente é.
Não há como esconder um detalhe tão obvio,
Tão certo,
Tão perceptível.

Não tente mudar,
Afinal você não consegue.

A lua,
Por mais que tente,
Não consegue
Ser como o sol.

Por – Thiago bailão.

domingo, 12 de novembro de 2006

Convenções Sociais


Odeio agir por impulso!! Mas isso acontece com uma naturalidade e com uma frequência impressionante. Por que não podemos simplesmente controlar nossos sentimentos, nossos desejos, nossos impulsos?! Seria tudo tão mais fácil! Mas infelizmente não é assim: há coisas que parecem que quanto mais agente tenta não fazer, mais agente faz!! Mas a vida idealizada abomina o "agir por impulso, por instinto" e trás junto consigo convenções sociais de comportamento: um manual de instruções de boas maneiras, de atitudes consideradas "nobres e gentís" a serem seguidas. São essas convenções socias que me prendem, que gritam em minha consciência: Cale-se, culpe-se, reprima-se!!... São essas convenções socias para a boa convivência que dizem: "Deixe de fazer o quer; não haja por impulso, as pessoas não vão gostar; voce vai magoar alguém; voce está errado". É isso que me corroi por dentro: ter que me moldar aos outros, jogar conforme as regras, seguir o roteiro pré-estabelecido, me colocar em um cabide e servir de exemplo para os outros... Mas porra!! Eu nunca almejei (nem quero) ser exemplo pra ninguém! As pessoas é que nos tacham como ícones que não somos. É daí que vem a vontade de sair da forma, burlar as regras, amassar o roteiro e quebrar o cabide!! As vezes da vontade de jogar tudo pro alto e agir só por impulso, fazer o que EU quizer, o que der na telha, o que der vontade, mudar de opinião ao bel prazer do momento, simplismente por satisfação pessoal, sem medir as consequências (e confesso que faço isso as vezes). Mas infelizmente (ou felizmente, não sei) nós temos um padrão a seguir: o do bom convívio social, do "amigo"que diz ironicamente "ADORO VC... QUE PULSEIRA LINDA ESSA"; dos que deixam de fazer coisas pelos outros, dos que agem apenas para agradar a terceiros, e não a si mesmos, enfim, de pessoas que vivem de aparências e se reprimem pela ética e pela "PAZ MUNDIAL": um estado de espírito tranquilo, uma consciência límpida, ou seja, um típico tom pastel que não segue seus instintos, que se reprime, sendo que na verdade adoraria fazer o contrário.
Por isso não espere de mim o que vc não seria capaz de fazer. Por que as vezes faço o que quero, as vezes não, e se isso não agrada a todos: foda-se!! Eu apenas fui EU. Eu apenas não correspondi as suas expectativas. Mas, como existem as tais conveções socias da boa convivência eu peço perdão e vc, como um bom cidadão, perdoa!! Mesmo que isso não seja o que voce queria no seu íntimo, onde tudo não passa de aparências!

by Francisco Araujo Junior